segunda-feira, 29 de junho de 2009

Afinal, o que são fibras?

Definição de Fibra Alimentar

As fibras alimentares são nutrientes presentes nos alimentos de origem vegetal, tais como hortaliças (verduras e legumes), frutas, leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão de bico) e cereais (arroz, milho, cevada, trigo). Têm função específica no organismo.

Ação das Fibras Alimentares

As Fibras Alimentares podem ser solúveis (pectinas, gomas, mucilagens e algumas hemiceluloses), predominando em frutas, hortaliças e leguminosas; e insolúveis (celulose, lignina e algumas hemiceluloses), que são encontradas em hortaliças, verduras, leguminosas e cereais. Estas características são devido à composição das suas células vegetais, e apresentam respostas orgânicas de acordo com sua composição.

Apresentam ação diversa de acordo com suas propriedades físico-químicas:

a) facilidade para serem degradadas por fermentação bacteriana no intestino grosso (o que leva à formação de gases intestinais);

b) capacidade de absorverem água, o que leva o aumento da viscosidade intestinal e interferem na digestão e absorção de nutrientes;

c) absorção de moléculas orgânicas como colesterol e ácidos biliares, aumentando a excreção fecal;

d) se ligam à minerais, e impedem absorção de alguns micro nutrientes.

Efeitos das Fibras Alimentares

As fibras alteram a função do trato gastrointestinal tanto física como quimicamente, através das suas frações insolúvel e solúvel. Enquanto as fibras insolúveis, atuando principalmente no intestino grosso, aceleram o trânsito intestinal e aumentam o volume fecal, as solúveis atrasam o esvaziamento gástrico e diminuem a ação enzimática digestiva refletindo, em ambos os casos, numa redução da absorção intestinal. Além disso, as fibras solúveis e insolúveis interferem com funções endócrinas alterando a secreção de hormônios como glucagon e insulina.

O tamanho da partícula da fibra também contribui para a diversidade dos efeitos fisiológicos causados por esse componente alimentar, uma vez que fibras insolúveis grosseiramente moídas são mais eficazes em estimular a defecação do que as constituídas por partículas finas. Assim, os países desenvolvidos, devido à evolução tecnológica, proporcionam alimentos altamente refinados para o consumo, observando-se nas populações, tempo de trânsito intestinal mais lento e um menor volume fecal, o que pode resultar em constipação intestinal, sendo recomendável, nesse caso, a ingestão de dietas ricas em fibras insolúveis constituídas por partículas.

Importância das Fibras Alimentares na saúde

a) no tratamento do diabetes, contribuem para reduzir a hiperglicemia (aumento da taxa de açúcar no sangue) e, consequentemente, diminuem a freqüência de doses de insulina permitindo, então, uma alimentação menos restrita;

b) na prisão de ventre, aceleram o trânsito intestinal e aumentam o volume fecal;

c) diminuem a incidência de câncer de intestino (cólon) porque acelerando o trânsito intestinal, podem reduzir a ação bacteriana sobre os resíduos intestinais evitando, portanto, a formação e o contato de agentes cancerígenos com a mucosa intestinal;

d) aumentam o fluxo de saliva por necessitarem de mastigação mais prolongada diminuindo a velocidade de ingestão dos alimentos, o que leva à redução da ingestão do valor calórico;

e) proporcionam uma mastigação prolongada e distensão gástrica e isso têm efeito sobre o cérebro (região do hipotálamo) contribuindo para a sensação de saciedade (satisfação do apetite),

f) protegem a mucosa do estômago, porque diminuem a acidez gástrica.

Para indivíduos sadios a ingestão de fibra deve estar entre 20 a 30 gramas por dia. Deve-se ter em mente que as principais refeições (desjejum, almoço e jantar) devem incluir um alimento fonte de fibra alimentar (frutas, hortaliças, leguminosas e cereais). Além disso, é preciso que tenhamos em mente que precisamos das porções mínimas destes alimentos:

Hortaliças cruas – 1 prato de sobremesa

Hortaliças cozidas – 1 pires de chá

Frutas – 2 ao dia, uma delas deverá ser fonte de vitamina C (laranja, mexirica, abacaxi, manga, goiaba, caju, mamão, morango)

Uma vez ao dia devemos comer uma hortaliça verde escura porque é fonte de vitamina A e Ferro (acelga, chicória, rucula, escarola, almeirão, agrião, couve, espinafre)

Sugestão de cardápio rico em Fibra Alimentar:

Desjejum (leite com aveia, pão, manteiga, mamão)

Almoço (salada de alface, abobrinha refogada, carne, arroz, feijão, laranja com bagaço)

Lanche (leite, pêra)

Jantar (salada de rucula, cenoura refogada, carne, arroz, feijão, mexirica com bagaço)

Ceia (ameixa)

Nutrição e Menopausa

A menopausa é o momento em que os ovários deixam de produzir os hormônios estrógeno e progesterona. Não é uma doença, mas sim um estágio da vida da mulher. A principal característica desta fase é a ausência de menstruações, porém, a menopausa pode começar a se manifestar por irregularidades menstruais, menstruações escassas, menstruações mais ou menos freqüentes. Não existe idade predeterminada para a menopausa. Geralmente ocorre entre os 45 e os 55 anos, no entanto pode ocorrer a partir dos 40 anos sem que isto seja um problema.

Alguns sintomas da menopausa são: ondas de calor, suor noturno, insônia, menor desejo sexual, irritabilidade, depressão, entre outros. Neste período a incidência de osteoporose e risco de doenças cardiovasculares aumenta, devido à baixa de estrogênio no sangue.
Veremos abaixo como a alimentação pode auxiliar em alguns destes sintomas.

OSTEOPOROSE:

A osteoporose é uma doença que se caracteriza por baixa densidade óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, levando a um aumento da fragilidade óssea, portanto, a maior risco de fraturas após traumas mínimos.

O tratamento consiste de medidas gerais e medicamentosas:

- Diminuição do consumo de álcool e café.

- Diminuição do fumo.

- Atividade física, principalmente quando realizadas contra força da gravidade (caminhadas e corridas leves).

- Exposição ao sol por pelo menos quinze minutos por dia, para aumentar a quantidade de vitamina D.

- Dieta rica em cálcio, que está presente no leite (alimento mais rico neste nutriente) e derivados, hortaliças verde escuras (couve, folhas de nabo, folhas de mostarda e brócolis), sardinhas, mexilhões, mariscos, ostras e salmão enlatado.

- Tratamento medicamentoso: consultar um médico.

Para ajudar nesta prevenção vou sugerir uma receita fácil e gostosa rica em cálcio: Brigadeirão com leite de coco. Só não pode exagerar para não engordar!!!

Brigadeirão com Leite de Côco

Ingredientes:

• 1 vidro(s) de leite de côco

• 2 lata(s) de leite condensado

• 4 unidade(s) de ovo

• 8 colher(es) (sopa) de chocolate em pó

• 1 colher(es) (sopa) de margarina

• 1 colher(es) (sopa) de amido de milho

Modo de Preparo:

Bata tudo no liquidificador, depois coloque a mistura em uma panela dupla (forma de pudim com tampa e a panela para por a água). A forma do pudim deve ser untada com margarina e açúcar, e a mistura é assada em banho-maria no fogão, por aproximadamente 45 minutos. Quando estiver morno, desinforme o pudim e granule.

Rendimento: 16 porções

INSÔNIA:

A insônia é caracterizada pela incapacidade de conciliar o sono e pode manifestar-se em seu período inicial, intermediário ou final. Especialistas confirmam que a dieta influencia no processo do sono, tanto sentir fome, quanto comer em demasia pode atrapalhar o sono e causar desconforto e insônia.

Existem algumas dicas que ao serem seguidas podem auxiliar em uma noite de sono mais tranqüila:

- evitar bebidas estimulantes (café, chocolate, chá preto, chá mate, guaraná, bebidas a base de cola) até 2 horas antes de dormir;

- tomar um copo de leite morno antes de dormir (o leite contém triptofano, um aminoácido essencial, que aumenta a produção da serotonina – auxiliando no sono);

- evitar o consumo de alimentos muito temperados e condimentados antes de dormir. Estes alimentos aumentam a temperatura do organismo, podendo dificultar o sono;

- evitar o consumo de alimentos muito gordurosos antes de dormir (que podem causar dificuldade na digestão e sono agitado);

- evitar o consumo de bebidas alcoólicas (que podem ter o efeito estimulante);

- consumir chá de ervas (camomila, erva doce) antes de dormir;
- tomar um copo de suco de maracujá com um pouco de açúcar antes de dormir;

- não dormir em jejum.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES:

As Doenças Cardiovasculares são as doenças que alteram o funcionamento do sistema circulatório. Este sistema é formado pelo coração, vasos sangüíneos (veias artérias e capilares) e vasos linfáticos. Entenda-se que na menopausa ocorre a ausência de estrogênios que são hormônios protetores contra estas doenças, que incluem a pressão alta e dislipidemias (colesterol e trgiclicérides aumentados).

Existem algumas orientações a serem seguidas para prevenir estas doenças:

- evitar consumo excessivo de sal;

- evitar frituras e alimentos gordurosos;

- evitar consumo de embutidos (presunto, mortadela, salame);

- consumir de 3-4 porções de frutas ao dia;

- consumir de 3-4 porções de legumes e verduras ao dia;

- dar preferências às carnes magras;

- optar pelo leite desnatado no lugar do integral;

- evitar o fumo;

- praticar atividade física (30 min, 5 vezes por semana).

Para incentivar esta alimentação saudável, segue abaixo uma receita light e gostosa!

Lasanha Verde Light

Ingredientes:

• 1 pacote de massa de lasanha verde

• 500 g de ricota

• 1 cebola grande ralada

• 500g de carne magra moída

• azeite

• sal a gosto

• 3 tomates grandes

Modo de Preparo:

Colocar meio litro de água para ferver em uma panela grande. Adicionar os tomates por cinco minutos, retirar e bater no liquidificador, até formar uma pasta cremosa, separe. Em uma panela colocar o azeite, a cebola, a carne moída, o sal a gosto e quando estiver bem refogado, colocar o tomate batido.

Em um refratário, colocar uma camada de molho, uma camada de massa, uma camada de ricota, e assim sucessivamente, até encher o recipiente.
Levar ao forno por 30 minutos.

Rendimento: 6 porções.

Ecocardiograma


O que é ecocardiograma?

O Ecocardiograma é um exame que usa o ultra-som (energia sonora em uma intensidade muita elevada que o ouvido humano não percebe) transformando-o em imagem.
Dessa maneira, consegue-se observar o coração e os seus vasos em movimento real.

Para que serve?

Ele tem como utilidade a avaliação da integridade anatomia do Coração das suas estruturas (Válvulas,vasos,membranas e etc...) e da capacidade do coração em se contrair corretamente ou não.
Dessa maneira, rápida e seguramente, consegue-se saber se os sintomas do paciente, acontecem por causa do coração ou não.

Para quem é indicado?

Na verdade, para todo mundo:Nos indivíduos com queixas para avaliar a causa da sua doença, e nos sem sintomas, como avaliação preventiva.Na minha opinião, a principal indicação é para os pacientes com queixas de falta de ar onde a descoberta da causa dos sintomas é muitas vezes difícil para o médico.

Quais doenças ele pode diagnosticar?

Ele pode diagnosticar doença na circulação do Coração (Doença coronariana), no músculo do coração, nas válvulas do coração, na membrana que recobre o coração e doenças congênitas.

Há riscos?

Não existe risco neste exame, é um método não invasivo, liberado para qualquer paciente.

Doenças Congênitas e o Álcool


O que são doenças congênitas?


Entende-se por congênito todo fenômeno, patológico ou não, que acomete um feto antes do parto, portanto está presente ao nascimento.

Quais são as causas?

Se considerarmos apenas as situações patológicas, elas seriam todas aquelas que afetariam os recém-nascidos. Elas podem ser de etiologia genética ou ambiental.

As de etiologia genética podem ser herdadas de uma forma mendeliana, ou seja, mutações em genes, isto é, afetam o ADN. Seus padrões de herança têm várias características: dominantes, recessivos ou ligados ao cromossomo X, ou podem ocorrer por mutações novas, pela primeira vez em uma família. Há nestes casos vários fatores de risco para a ocorrência de novos filhos afetados. Ainda podemos ter as que afetam os cromossomos, aqueles novelos de ADN presentes nos núcleos de nossas células – seriam os grandes pacotes de genes. Todos conhecemos exemplos: síndrome de Down, Síndrome do miado-do-gato, etc.

As de etiologia ambiental são promovidas por agentes físicos (radiação ionizante, ultra-som, outras fontes de energia ainda desconhecidas); agentes biológicos (protozoários na toxoplasmose, vírus na rubéola e citomegalovirose); e agentes químicos (medicamentos prescritos ou usados na automedicação; drogas de aceitação social – álcool; e ilícitas – crack, cocaína, etc.).

Algumas doenças maternas, como diabete melito, doenças cardiovasculares e outras, indiretamente podem afetar o desenvolvimento fetal, se não bem tratadas. Todas essas situações podem contribuir de uma maneira ou de outra para o aparecimento de alterações congênitas em um recém-nascido.

O que as doenças congênitas podem provocar?


O fato de nos referirmos como congênito já determina uma potencialidade patogênica! Toda possibilidade prognóstica é possível. Não há doenças congênitas como entidades mórbidas per se; o conceito, como antes referido, refere-se ao momento imediatamente após o nascimento.

Trata-se de um conceito dinâmico, pois o advento da ecografia pré-natal permitiu retrocedermos em relação ao diagnóstico, principalmente de defeitos estruturais dos fetos (malformações). Infelizmente muitas doenças genéticas não afetam o desenvolvimento fetal e somente se manifestarão após o nascimento.

Como o álcool pode gerar alterações congênitas?

Como agente químico sua ação depende: do momento, da quantidade e da resposta do conjunto mãe–feto durante a gestação. A intensidade do uso predisporia ao aparecimento de danos ao feto, que podem variar de pequenas dismorfias a danos cerebrais e de outros sistemas, de forma bastante grave. Uma característica infeliz desta substância é a de, na maioria das vezes, seu efeito ser notado apenas no período pré-escolar, através do retardo mental com variação entre o leve e o grave.

O que é a Síndrome Fetal do Álcool?


Trata-se de um grupo de indivíduos, desde crianças até adultos, portadores de características clínicas específicas envolvendo a face, o desempenho cognitivo e neuromuscular, e defeitos em órgãos (cérebro, coração, genitais, etc.).

Como prevenir os defeitos congênitos?


A genética médica tem um enorme potencial não só para prevenir essas doenças, como para trazer melhores condições de saúde para todos. Ela pode proporcionar uma melhor prevenção, diagnóstico e aconselhamento para diversas doenças, tendo avançado a ponto de oferecer testes preditivos para inúmeras situações, que muitas vezes podem ser realizados no período pré-natal.

Estratégias para melhorar a saúde da mulher, mães, recém-nascidos e crianças são essenciais para a efetiva prevenção e cuidado daquelas portadoras de defeitos congênitos (DC). O investimento na prevenção e no tratamento das crianças portadoras de anomalias ao nascimento reduz a mortalidade infantil e as desabilidades posteriores. O fortalecimento do registro epidemiológico existente, campo 34 da DNV, através da educação continuada dos agentes de saúde, o aproveitamento dos Serviços de Genética Médica como centros de referência e excelência torna-se componente integral de qualquer programa de saúde da mulher e da criança em países emergentes.

Baseados no estado atual dos conhecimentos e nas projeções para o futuro, os países desenvolvidos estão investindo consideravelmente em políticas de prevenção e tratamento de doenças genéticas e malformativas, incluindo programas de educação para a prevenção, aconselhamento genético, diagnóstico pré-natal, triagem neonatal e tratamento.

Nos países em desenvolvimento, que ainda lutam contra doenças infectocontagiosas preveníveis e contra problemas relacionados com desnutrição, a atenção das políticas de saúde para as doenças genéticas e malformativas tem sido escassa. Algumas tentativas de reproduzir as políticas empregadas em países desenvolvidos foram na sua maior parte não muito bem-sucedidas, mais pela natureza diversa dos problemas e das características próprias de cada população do que pelas estratégias adotadas.

Algumas experiências exitosas, das quais os principais exemplos foram as de Cuba (diagnóstico pré-natal), Nigéria (detecção e tratamento da Anemia Falciforme), Chipre (controle das Talassemias), Arábia Saudita (controle das Hemoglobinopatias) e África do Sul (Programas de Genética Comunitária), se basearam no desenvolvimento de uma abordagem apropriada às doenças e às populações em estudo.

O Rio Grande do Sul já ostenta indicadores de saúde em situação próxima a de países desenvolvidos, com impacto direto sobre a mortalidade infantil. E para progredir nessa área, deverá incluir nas suas políticas públicas propostas para o controle e a prevenção de doenças genéticas e malformações congênitas, sendo para tanto essencial um trabalho de investigação em nosso meio sobre o impacto e a abrangência do problema e sobre o acesso e a exposição da população às informações correspondentes.

Não devemos esquecer a Lei nº 11.038, de 14 de novembro de 1997, que dispõe sobre a parcela de arrecadação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações pertencentes aos municípios. Em seu inciso VI, refere: “1% (um por cento) com base na relação percentual entre o inverso do coeficiente de mortalidade infantil de cada município e o somatório dos inversos dos coeficientes de mortalidade infantil de todos os municípios, medidos pela Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente do Estado, relativos ao ano civil a que se refere a apuração”.

O artigo 1º do decreto de 2003, em seu § II, considerará apenas a mortalidade infantil por causas evitáveis estabelecidas nos termos da Portaria nº 11.121, de 17 de junho de 2002, do Ministério da Saúde.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Nutrição e Doenças Cardiovasculares

Que doenças cardiovasculares a nutrição pode prevenir?

As doenças cardiovasculares constituem a maior causa de morte nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A nutrição através de uma alimentação saudável desempenha um papel fundamental para a prevenção das doenças cardiovasculares, tais como doença arterial coronariana, hipertensão, aterosclerose, dislipidemias.

Por que controlar o colesterol?

O colesterol é um tipo de gordura produzida no fígado e associada com certas proteínas, as chamadas lipoproteínas. O resultado da associação com certas lipoproteínas forma diferentes tipos de colesterol: o HDL (lipoproteína de alta densidade), o bom colesterol, e o LDL (lipoproteína de baixa densidade), o mau colesterol, que são as mais importantes.
O LDL, quando em excesso no sangue, pode formar placas de gordura conhecidas como “ateroma”. Essa gordura se deposita nas paredes das artérias, provocando uma obstrução nas artérias – aterosclerose – responsável pelo infarto e pelo acidente vascular cerebral.

O HDL, o bom colesterol, ajuda a retirar o mau colesterol, evitando a obstrução das artérias, por isso é necessário sempre estar com as taxas de colesterol e suas frações dentro da normalidade.
O colesterol está presente em alguns alimentos, principalmente nos de origem animal.

Por que ácidos graxos, nutrientes e fibras fazem bem ao coração?

Os ácidos graxos (lipídios) desempenham um importante papel na nutrição. Eles são classificados em:

Ácidos graxos saturados, que provêm dos produtos de origem animal (carnes vermelhas, laticínios integrais e derivados, óleos de coco, cacau e palmeira);

Ácidos graxos poliinsaturados:
a. ácidos graxos ômega-3 (peixes gordos de águas frias, sementes e óleo de canola, sementes e óleo de linhaça);
b. ácidos graxos ômega-6 (óleos vegetais de milho, girassol, soja);
c. ácido alfa-linolênico, cujo alto teor é encontrado na semente de linhaça.

Ácidos graxos monoinsaturados (azeitonas, óleo de oliva, algodão, milho, canola).

A outra classe de ácido graxo é o trans, derivado da hidrogenação vegetal [margarina dura], encontrado em produtos de supermercados, como batata frita, biscoitos amanteigados, salgados, doces etc. Os ácidos graxos ômega-3, que têm ação benéfica na saúde cardiovascular por redução dos níveis de colesterol, exercem um papel importante em várias funções biológicas do organismo humano.

As fibras não são nutrientes, são uma fração dos alimentos (grãos integrais, grãos, vegetais e frutas), passam quase intactas pelo trato intestinal, são fermentadas no intestino grosso pela flora bacteriana e eliminadas pelas fezes.

Há dois tipos de fibras:
Solúveis em líquidos: formam um gel que se liga ao colesterol e aos ácidos biliares no intestino e os elimina do corpo. Alimentos ricos em fibras solúveis: leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico), vários farelos (aveia, arroz, cevada, granola), polpa de frutas (maçã, banana, laranja), hortaliças e legumes.

Insolúveis: não se dissolvem na água, absorvem água, incham e aceleram o trânsito intestinal, não são digeridas. Alimentos ricos em fibras insolúveis: farelos de cereais, grãos integrais, nozes, amendoim, amêndoa, frutas em geral e folhosos.

Dentre os benefícios das fibras, contribuem para a redução dos níveis de colesterol sanguíneo e aceleram a motilidade intestinal.

Que tipos de alimentos devem ser consumidos para se ter um coração saudável?

Uma alimentação saudável é composta de frutas, verduras, leguminosas, cereais integrais e de alimentos com baixo teor de gorduras, maior consumo de pescados, baixo consumo de açúcares e de sal.

Recomenda-se que se utilize as quantidades alimentares que compõem a pirâmide alimentar proposta no guia alimentar do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br).

Grupo 1: Cereais, pães, raízes e tubérculos: 6 porções ao dia
Grupo 2: Hortaliças e legumes: 3 porções ao dia
Grupo 3: Frutas: 3 porções ao dia
Grupo 4: Leite, queijos e iogurtes: 1 porção ao dia
Grupo 5: Carnes, pescados e ovos: 1 porção ao dia
Grupo 6: Leguminosas: 1 porção ao dia
Grupo 7: Óleos e gorduras: 1 porção ao dia
Grupo 8: Açúcares e doces: no máximo 1 porção ao dia

Escolher alimentos adequados é proporcionar a você e à sua família uma alimentação saudável.

Quais são os alimentos tidos como “prejudiciais” à saúde do coração?

Dentre os alimentos prejudiciais à saúde do coração, podemos citar: embutidos, carnes vermelhas gordas, laticínios e derivados, alimentos que contenham as gorduras trans, como biscoitos amanteigados, doces, batata frita em pacotes e fast-food, bolos prontos, bolachas cream-cracker, salgadinhos em pacotes.
As informações nutricionais estão nos rótulos alimentares. Leia-os com cuidado para saber o que está comendo.

Tosse

O que é a tosse?

A tosse é um sintoma decorrente de um grande número de doenças, e é uma das maiores causas de procura por atendimento médico. É importante lembrar que esse sintoma produz um impacto social negativo, uma vez que pode levar ao absenteísmo (faltas) ao trabalho e às atividades escolares, além de gerar custos com exames para o seu diagnóstico e tratamento.

Quais as causas?

Muitas podem ser as causas da tosse. Doenças das vias aéreas superiores como as rinites e sinusites podem causar tosse associada ou não a outros sintomas. Outras causas são o resfriado comum e a gripe. Além disso, uma série de doenças pulmonares pode causar tosse como a asma, que geralmente é acompanhada por sibilos (chiado no peito) e as doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) como a bronquite e o efisema, geralmente associados ao hábito de fumar. As pneumonias que com freqüência são acompanhadas por febre, as alergias respiratórias e outras doenças de maior gravidade, como determinados tumores, também podem levar à tosse.

A tosse pode também ser decorrente de doenças extrapulmonares, ou seja, de doenças de outros órgãos que não o pulmão como, por exemplo, o refluxo gastroesofágico. A tosse pode ainda ser causada pelo uso de determinados medicamentos, como alguns utilizados para o tratamento da hipertensão arterial.

Quais são os tipos de tosse?

A tosse pode ser aguda, subaguda ou crônica.

A tosse aguda: é aquela que tem duração de até 3 semanas. As causas mais comuns são as doenças infecciosas causadas por vírus (resfriado comum, gripe, sinusites) ou por bactérias (sinusites, pneumonias). Pode também ser a exacerbação de doenças pré-existentes como a DPOC ou a asma ou ainda em decorrência da exposição a agentes irritantes das vias aéreas (pó, produtos químicos), especialmente em indivíduos alérgicos.

A tosse subaguda: tem duração superior a 3 semanas e inferior a 8 semanas. A causa mais comum é a tosse pós-infecciosa, ou seja, a tosse que persiste após um quadro de sinusite ou pneumonia, por exemplo.

A tosse crônica: tem duração superior a 8 semanas e as causas podem ser asma, DPOC, doença do refluxo gastroesofágico (acompanhada ou não de sintomas gástricos) e várias outras doenças que devem sempre ser investigadas. Importante salientar, que em nosso meio, a tuberculose é uma doença transmissível, curável, de grande incidência e que deve ser investigada, especialmente se acompanhada por outros sintomas como febre, emagrecimento ou suores noturnos.

Como a tosse age no organismo? A tosse pode provocar outras doenças?

A tosse ocorre através de um complexo mecanismo que envolve o sistema respiratório e o sistema nervoso central e funciona como um alerta para o organismo de que algo está agredindo as vias respiratórias.

Caso a tosse não passe o que deve ser feito?

Como dissemos, a tosse pode ter muitas causas, desde um resfriado comum até doenças potencialmente mais graves como tumores. Portanto, a causa da tosse deve ser necessariamente investigada.

Qual o tratamento?

Depende da causa da tosse. As doenças causadas por bactérias, como algumas sinusites e pneumonias são tratadas com antibióticos. Na asma, são utilizados medicamentos de acordo com a classificação da doença naquele momento (intermitente ou persistente, leve, moderada ou acentuada). Quando a causa for alérgica, além de medicamentos específicos, a exposição a essas substâncias tem que ser evitada. Enfim, o tratamento vai depender sempre da causa da tosse.

As receitas caseiras contra a tosse funcionam?

Não há evidências suficientes que justifiquem o uso dessas receitas caseiras como único tratamento da tosse. O adequado é definir qual a causa da tosse e a partir disso definir qual o melhor tratamento.

Elevar o nível da cabeça em relação ao corpo alivia a tosse, na hora de dormir?

No caso da doença do refluxo gastroesofágico, associado a outras medidas como dieta e medicamentos, sim.

É prejudicial para a criança, tomar xarope sempre que estiver com tosse?

Sim, no sentido de que alguns xaropes funcionam como sedativos da tosse, mas não atuam na causa. Assim, a tosse pode eventualmente diminuir com determinado xarope, mas este pode dificultar ou prorrogar o tratamento adequado, caso se a doença que está causando a tosse persistir.

Existem dicas para aliviar a tosse durante o dia e principalmente, durante a noite?

A principal dica é investigar a causa da tosse e tratá-la adequadamente. E isso deve ser feito sempre por um médico.

Diabetes

O que é a diabete?

É uma alteração do metabolismo da glicose, caracterizada por deficiência de insulina ou resistência à ação da insulina.

Quais são os tipos?

Diabetes tipo 1 - deficiência total de insulina.
Diabetes tipo 2 - deficiência parcial de insulina e resistência à ação do hormônio, o que impede a retirada da glicose do sangue e sua transferência para o interior das células.
Diabetes gestacional - aparece durante a gravidez e se normaliza após o parto.

Quais as causas?

O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune, ou seja, o organismo produz anticorpos que destroem as células pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina.

O diabetes tipo 2 resulta de uma interação entre predisposição genética e fatores ambientais, como, alimentação inadequada, falta de atividade física, obesidade, etc.

Quais os sintomas?

Sede excessiva, urina abundante, perda importante de peso, apesar de alimentação normal ou em excesso, fraqueza extrema, distúrbios visuais, câimbras, prurido vaginal, na mulher, e inflamação da glande, no homem (balanopostite).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito através do exame de sangue, chamado de Glicemia de Jejum (8 horas), acima de 126 mg/dL ou glicemia aleatória maior que 200 mg/dL. É necessário repetir o exame para confirmar a doença.

Que grupos de pessoas são atingidos pela doença?

O diabetes tipo 2 incide preferencialmente em pacientes obesos, sedentários, acima de 45 anos e que tenham antecedentes de diabetes na família.

Mulheres que desenvolvem diabetes gestacional também têm mais chance de desenvolver a doença posteriormente.

Qual o tratamento? Tem cura?

O tratamento vai desde medidas higiênico-dietéticas, medicações por via oral e medicações injetáveis.
Teoricamente a doença não tem cura, porém, quando ocorre perda importante de peso (ex: cirurgia bariátrica ), consegue-se a suspensão total dos medicamentos.

Existe prevenção ?

A prevenção se faz, principalmente, com atividade física regular e dieta saudável. Alguns remédios já mostraram benefício em retardar o aparecimento da doença e outros estão sendo testados.

Anemia

O que é anemia?

Algo entre 500 e 600 milhões de pessoas (o equivalente a um sexto da população mundial) sofrem de anemia. A Anemia é uma doença do sangue caracterizada pela produção de hemácias com reduzida capacidade de transportar oxigênio. No Brasil, a principal causa de anemia é aquela por falta de ferro no organismo.

O que sente uma pessoa com anemia?

Os sintomas da anemia incluem cansaço fácil com palpitações após esforços leves, ritmo cardíaco acelerado, falta de fôlego, dores de cabeça, vertigens e tonteiras. Existem vários tipos de anemia e muitas manifestações variam de acordo com o tipo e a causa do distúrbio. A Anemia pode ser um aviso de uma doença mais séria, por isso seus sintomas não devem ser ignorados.

O que causa anemia?

Dietas mal-balanceadas – p.ex., pobres em ferro, vitamina C e vitaminas do complexo B – respondem por boa parte dos casos. Deficiências nutricionais impedem a fabricação de hemácias de boa qualidade. A produção de hemácias pela medula óssea também pode ser reduzida pela presença de infecções, venenos (como o chumbo) ou câncer.

As verminoses – que afetam cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo todo – são uma causa importante de anemia ferropriva. Muitas pessoas com anemia ferropriva na verdade apresentam sangramentos que podem variar desde uma simples hemorróida e pólipos benignos no intestino grosso até casos mais graves como úlceras gástricas e cânceres intestinais. Os tumores do trato gastrointestinal respondem por cerca de 2% dos casos de anemia ferropriva.
Menstruações muito intensas (menorragia) são causas comuns de anemia.

O uso prolongado de aspirina e antiinflamatórios não-hormonais (por exemplo: medicamentos à base de diclofenaco, ibuprofeno e naproxeno) também podem causar sangramentos no tubo gastrointestinal, mas raramente resultam em anemia.

A Anemia Hemolítica (destruição de hemácias) pode ocorrer na malária, em reações medicamentosas, na anemia falciforme, na talassemia e em alguns distúrbios hereditários que resultem em hemácias anormais. Este tipo de anemia também pode decorrer de uma transfusão sanguínea incompatível ou incompatibilidade Rh entre o recém-nascido e sua mãe.

A Anemia Aplástica consiste na incapacidade completa de produzir hemácias e pode ocorrer subitamente, sem qualquer motivo, ou ser causada por sensibilidade a uma droga, resultando em destruição das células da medula óssea.

A Gravidez é outra causa freqüente de anemia. Uma dieta bem balanceada oferece ferro o suficiente para uma mulher com ciclos menstruais normais. Estas mulheres necessitam cerca de 18 mg de ferro por dia. Se suas menstruações são particularmente intensas, ou se ela está grávida, sua ingestão de ferro pode não compensar sua perda, cabendo ao(a) médico(a) analisar a possibilidade de ferro suplementar na dieta. Mulheres grávidas ou que estejam amamentando necessitam de 15 a 30 mg de ferro diariamente.

Existem fatores de risco para anemia?

Sim, existem. Crianças e mulheres na pré-menopausa constituem o grupo de maior risco, sendo que as pessoas nas classes socioeconômicas menos favorecidas apresentam o dobro do risco daquelas nas classes média ou alta. As pessoas com o menor risco de anemia são os adolescentes, os homens jovens e as mulheres pós-menopausa.

a) Crianças: nenhuma criança é imune à deficiência de ferro. A anemia neste grupo provavelmente decorre de múltiplos fatores, incluindo introdução muito precoce de leite de vaca, uso de fórmulas pobres em ferro e a natural preferência delas por alimentos com pouco ferro. Crianças estritamente vegetarianas também apresentam um risco elevado de deficiência de ferro.

b) Mulheres na pré-menopausa: cerca de 10% das mulheres em idade fértil apresentam deficiência de ferro, e entre 2% e 5% apresentam nívei de ferro baixos o suficiente para casuar anemia. A anemia leve é particularmente comum nas mulheres que menstruam com muito intensidade ou por mais de 5 dias, que usam dispositivos intrauterinos (DIU) e aqueles que tiveram várias gestações. A gravidez por si já aumenta o risco de anemia, pois a demanda do corpo por ferro e ácido fólico aumenta bastante. Após o parto, 5% a 10% das mulheres apresentam um sangramento significativo que pode causar sintomas de anemia.

c) Idosos: via de regra, a anemia é comum e geralmente não é diagnosticada neste grupo de pessoas. A maioria das pessoas idosas anêmicas desenvolvem o distúrbio como consequência de angramentos gastrointestinais ou devido à perdas sanguíneas durantes procedimentos
cirúrgicos. Os idosos sem dentes ficam vulneráveis às deficiências de ácido fólico e outras vitaminas. Cerca de uma em cada 100 pessoas acima de 60 anos de idade apresenta anemia perniciosa, sendo que as mulheres apresentam um risco maior que o dos homens.

d) Alcoolistas: os etilistas apresentam riscos de anemia tanto decorrente de sangramentos gastrointestinais como por deficiência de vitaminas do
complexo B.

e) Atletas: a prática desportiva intensa e prolongada, tais como a desenvolvida pelos maratonistas, pode causar pequenos sangramentos gastrointestinais e lesar hemácias. A prática regular de exercícios pode causar uma perda de ferro comparável àquela da menstruação, mas raramente é preocupante.

Como é feito o diagnóstico de Anemia?

Através da análise das células vermelhas do sangue, exame chamado Eritrograma.

Como a Anemia é tratada?

A anemia ferropriva é tratada com a ingestão de alimentos ricos em ferro (folhas como alface, aioba e espinafres, e carne vermelha) e, caso ncessário, com suplemento alimentar de ferro (por exemplo, sulfato ferroso). A transfusão sangüínea pode ser indicada nos casos mais graves. O tratamento de outras formas de anemia inclui os mesmo princípios terapêuticos válidos para anemia ferropriva associados a medidas para resolver a doença de base – por exemplo, tratamento da malária, da intoxicação medicamentosa, etc.

A longo prazo, quais podem ser as complicações da anemia profunda?

A maioria dos casos de anemia são leves, incluindo aqueles decorrentes de doença crônica. Uma vez que uma redução no número de hemácias prejudica a capacidade dos pulmões em absorver oxigênio, a anemia, se não tratada, pode causar sérios problemas ao organismo, incluindo arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca congestiva. Alguns tipos de anemia hereditárias, como a talassemia maior, a anemia perniciosa e a anemia falciforme, podem ser potencialmente fatais. A talassameia maior e a anemia falciforme podem ser particularmente devastadoras nas crianças.

a) Gestantes: grávidas anêmicas possuem um risco maior de complicações na gestação, articularmente quando se apresentam anêmicas no primeiro trimestre da gravidez. É comum encontrar baixos níveis de ácido fólico na ausência de suplementos vitamínicos, e as deficiências nos primeiros três meses aumentam o risco de defeitos no tubo neural dos fetos. Grávidas que fumam e que estejam anêmicas possuem um maior risco de morte súbita do recém-nascido.

b) Crianças e adolescentes: nas crianças, a anemia grave pode causar prejuízos (às vezes irreversíveis) no crescimento e no desenvolvimento motor e mental. Estas crianças também tendem a apresentar mais problemas emocionais e de comportamento.

c) Idosos: a anemia é comum nos idosos, e suas complicações podem ser muito mais sérias que nos indivíduos mais jovens. Os baixos níveis de ferro expõe a maiores riscos de morte e doença cardíaca.

O que é Anemia Falciforme?

Também conhecida pela denominação Drepanocitose, é uma doença sanguínea hereditária encontradas em pessoas negras e descendentes de negros. Nesta doença, uma hemoglobida defeiturosa deforma as hemácias quando na presença de baixos níveis de oxigênio. As hemácias passam com dificuldade pelos capilares, podendo ocasionar a formação de coágulos e outros eventos perigosos.

O que é Anemia Perniciosa?

Doença causada pela deficiência de uma substância denominada Fator Intrínseco, normalmente secretado pelo estômago. O Fator Intrínseco combina-se com um fator extrínseco, a vitamina B12, para formar uma substância que pode ser absorvida pelo corpo. A vitamina B12 é necessária para a divisão normal das hemácias. Quando não está disponível em quantidades suficientes, as hemácias não se dividem corretamente, tornando-se muito grandes (megaloblásticas) e contendo quantidades acima do normal de hemoglobina (hipercrômicas).

A anemia perniciosa é uma doença crônica e progressiva que atinge mais frequentemente idosos, mas pode afetar pessoas com menos de 30 anos de idade. Geralmente o tratamento envolve injeções de vitamina B12, resultando em alívio dos sintomas e melhora na contagem de hemácias. A anemia perniciosa também é conhecida como Anemia de Addison.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Personal Trainer ou Musculação na academia?

Treinar com a supervisão de um personal trainer é ter a garantia de um treinamento personalizado. Esse treino possui algumas diferenças do que é feito em algumas academias com o professor de musculação. Entretanto, nessa prestação de serviço, existem vantagens e desvantagens.

A musculação, diferente do que se ouve, não é um lugar, e sim, um meio de treinamento caracterizado pela utilização de pesos e máquinas desenvolvidas para oferecer alguma carga mecânica em oposição ao movimento dos segmentos corporais. A utilização deste meio de treinamento, de maneira sistematizada, objetiva, predominantemente, o treinamento da força muscular. A partir disso, outros objetivos serão conseqüências desse treinamento.

O professor de educação física, que trabalha nessa área, deve interagir com o aluno buscando conhecê-lo para identificar, qualificar e quantificar quais as características que o diferencia. E isso é feito através de algumas avaliações e o contato direto, antes, durante e após os treinos.

Seguindo essa lógica, é interessante pensar em cada treino como um teste para o próximo, pois, tudo que é feito hoje, serve como parâmetro de comparação para os ajustes das variáveis do treinamento de amanhã, como pesos, números de repetições, intervalos de descanso e etc.

Resumindo, o papel do profissional é incentivar, orientar, prescrever e administrar a prática da atividade física, dentro e fora das academias, de forma consciente e saudável, promovendo o bem estar e ajudando seus alunos a alcançar os objetivos durante os períodos de treino.

Diferentemente do personal trainer, o professor de musculação nas academias é responsável por muitos alunos ao mesmo tempo, fato que gera um paradoxo de atuação. A atenção do professor pode ficar diluída na multidão, tornando impossível contemplar o que foi descrito anteriormente. E sem o controle de todos os treinos, tanto a atuação do profissional, quanto os resultados desejados pelos alunos, ficam comprometidos. Mas profissionais competentes e interessados são capazes de orientar com eficiência seus alunos, garantindo a eles a segurança e a disponibilidade para ajudá-los quando for possível e necessário.

Poderíamos dizer que um dos diferenciais do personal trainer seria o de ser capaz de, sistematicamente, controlar as variáveis e as cargas do treinamento. E ainda, a capacidade de analisar quais fatores influenciam nas cargas de treinamento, avaliar a relação entre elas e decidir o que fazer, como fazer e, o mais importante, o porquê de se fazer alguns ajustes ou mudanças durante as seções.

No entanto, nem todos os alunos precisam ou querem esse tipo de assistência. Há pessoas que conseguem seguir muito bem as orientações dadas pelo professor de musculação. Este, sendo competente e atencioso, conseguirá acompanhá-lo e ajudá-lo a evoluir no treinamento, ajustando ou mudando sempre que necessário. Outros alunos são mais dependentes de uma supervisão direta, que motiva, corrige, exige e garante toda a segurança do treino. E ainda existe aquele aluno que não quer treinar sério, não quer conversar, nem saber sobre o que está fazendo. Não quer ninguém pegando nele, muito menos o vigiando o tempo todo. Nesses casos, nem professor de musculação, nem personal trainer pode resolver. Mas a segurança deve ser sempre preservada.

Então, ficamos de longe só observando e prontos a ajudá-los assim que formos solicitados, aproveitando esses momentos para esclarecê-lo sobre a importância do acompanhamento profissional.

Acredito que a atuação de um professor de educação física deve ser caracterizada por um conhecimento prático, mas baseada e sustentada em conhecimentos científicos e aplicada com conhecimentos pedagógicos. Dessa forma, a profissão é respeitada e valorizada, e os alunos conseguem alcançar seus objetivos, quaisquer que sejam eles.

- A carga de treinamento é um estímulo capaz de provocar adaptações no organismo, sendo tradicionalmente dimensionada através dos componentes: Volume, Intensidade, Freqüência, Densidade e Duração.

- Variáveis Estruturais do Treinamento: são os elementos primários para a elaboração e análise de um programa de treinamento na musculação. São os elementos presentes no programa que podem ser manipulados, conduzindo a alterações nos componentes da carga (Ex.: número de séries e repetições; quantidade de pesos; tempos de pausas; posição dos segmentos corporais; tempo da duração de cada repetição; etc)

Tumor Cerebral


O que é tumor cerebral?

Apesar do termo tumor se refere a qualquer lesão expansiva de qualquer natureza, a expressão “tumor cerebral” (a expressão correta seria tumor encefálico, uma vez que o cérebro é parte do encéfalo) é usualmente utilizada dizendo respeito aos tumores intracranianos de origem neoplásica, de forma genérica, e independentemente da sua benignidade ou malignidade.

Estes tumores podem ser primários (quando se originam de elementos do próprio compartimento intracraniano), ou secundários (quando provêm de outros tumores de outras partes do corpo). Entre os tumores intracranianos primários destacam-se em freqüência os originados no próprio encéfalo (sendo os mais comuns os que são genericamente denominados de gliomas, que podem se apresentar com diferentes graus de agressividade), os originados nas membranas ou meninges do sistema nervoso central (denominados de meningeomas e na sua grande maioria benignos), os originados nas bainhas dos nervos cranianos (neurinomas, também benignos), os tumores da glândula hipófise (adenomas hipofisários, secretantes ou não de hormônios, e também considerados tumores benignos, e tumores originados em restos embrionários (como os craniofaringeomas, por exemplo, também benignos). Os tumores intracranianos secundários são genericamente denominados de metástases (as suas origens mais comuns são os tumores malignos de pulmão, mama, melanomas da pele, e gastrointestinais do cólon e do reto).

Os tumores intracranianos podem também ser classificados conforme a sua relação com o tecido nervoso, em intrínsecos e extrínsecos ao sistema nervoso central, também independentemente da sua maior ou menor agressividade. Os intrínsecos se originam e se desenvolvem em entremeio ao tecido nervoso, e equivalem aos “tumores cerebrais” propriamente ditos (entre os quais se destacam em freqüência os já mencionados gliomas nos seus diferentes graus de agressividade). Os tumores intracranianos extrínsecos são aqueles que se originam e se desenvolvem externamente à intimidade do sistema nervoso central, e entre estes se destacam em freqüência os já mencionados e geralmente benignos meningeomas, neurinomas e adenomas de hipofisários, e os tumores intracranianos secundários, denominados de metástases encefálicas e em geral malignos como o primário que os originou em outro local do corpo.

Em relação aos tumores intracranianos primários e intrínsecos do sistema nervoso central, que constituem os “tumores cerebrais” propriamente ditos e entre os quais se destacam em freqüência os gliomas, é importante ressaltar que, ao contrário do que é usualmente feito em relação a outros tumores de outros locais do corpo, os gliomas não devem ser classificados em benignos e em malignos. Devido ao seu usual comportamento infiltrativo e potencial desenvolvimento ou recidiva no encéfalo, inclusive eventualmente à distância do seu sítio original, os diferentes tipos de gliomas são classificados pela Organização Mundial da Saúde em graus que variam de I a IV conforme a sua caracterização anátomo-patológica, sendo o grau I o menos agressivo e no caso mais comum em crianças. Os gliomas de graus I e II são usualmente denominados conjuntamente de gliomas de baixo grau, e os de graus III e IV de gliomas de alto grau.

Em relação à sua localização dentro da caixa intracraniana, os tumores são também classificados conforme estejam acima da tenda do cerebelo (porção da duramáter que recobre o cerebelo) em supra e infra-tentoriais. Ao contrário dos adultos, as crianças apresentam mais tumores do compartimento infra-tentorial, que é também denominado de fossa posterior (astrocitomas e meduloblastomas de cerebelo, ependimomas de IV ventrículo, e gliomas de tronco).

Quais as causas?

Assim como em relação aos tumores originados em outros locais do corpo, sabemos atualmente, que os tumores intracranianos primários têm como causa básica alterações genéticas que são individuais, ainda em grande parte desconhecidas, e muito raramente hereditárias (entre as raras condições hereditárias que podem também causar o desenvolvimento de tumores primários do sistema nervoso central, destaca-se em freqüência a neurofibromatose). Ao contrário de alguns tumores de outros locais do corpo que têm o seu desenvolvimento também relacionado com fatores tóxicos e ambientais, não está realmente comprovado que os tumores intracranianos primários tenham qualquer relação com tais fatores, com exceção a altíssimas doses de radiação (muito excepcionalmente o tratamento radioterápico de tumores intracranianos pode causar o desenvolvimento de outros tumores intracranianos, denominados de radioinduzidos).



Quais os sintomas?

Os tumores intracranianos, usualmente denominados genericamente de “tumores cerebrais”, podem causar sinais e sintomas que caracterizam quadros específicos relacionados com a área do sistema nervoso central mais diretamente ou indiretamente acometida pelo tumor, denominados em neurologia de quadros focais (convulsões focais, déficits motores, cognitivos, sensitivos, visuais e auditivos entre outros menos freqüentes), e/ou, a partir de um maior volume ou quando em determinadas localizações, podem causar sinais e sintomas inespecíficos (alterações mentais e do humor, desequilíbrio, descontrole urinário) e que podem também caracterizar quadro de hipertensão intracraniana (dores de cabeça, vômitos precedidos ou não por náuseas, sonolência, e detecção de papiledema ao exame de fundo de olho). É importante ressaltar que os quadros focais, os quadros inespecíficos e o de hipertensão intracraniana podem ocorrer tanto isoladamente quando associadamente, acarretam a suspeita mas não implicam obrigatoriamente na presença de um tumor intracraniano, e independem do tipo de tumor.

Como é feito o diagnóstico?

Os tumores intracranianos são diagnosticados através dos exames de neuroimagem. A ressonância magnética (RM) de crânio é o exame que melhor demonstra a presença do tumor e que fornece mais informações e detalhes a seu respeito, através de diferentes etapas denominadas de aquisições (T1, T2, flair, difusão, perfusão, T1 com contraste, espectroscopia e angioressonância, entre outras técnicas). A tomografia computadorizada (TC) de crânio é realizada também sem e com administração endovenosa de contraste, e é superior à RM apenas para demonstrar a presença de calcificações e de hemorragias agudas relacionadas com os tumores, e alterações ósseas associadas.

É importante salientar que existem tumores intracranianos que apesar de se mostrarem de forma bem evidente na RM são mal demonstrados pela TC, e que a administração endovenosa de contraste otimiza as suas demonstrações em ambos os exames e propicia a observação de características muito importantes destes tumores. Os meios de contraste destes dois exames são muito diferentes, sendo que as substâncias contrastantes utilizadas nas RMs (contrastes paramagnéticos) rarissimamente causam reações alérgicas ou outras reações adversas.

As substâncias contrastantes utilizadas nos exames de TC (contrastes iodados) podem eventualmente causar reações alérgicas, atualmente, incomuns e em geral de pequena intensidade. No entanto, pessoas com histórico prévio de tais reações com contrastes devem evitar a sua utilização, e priorizar o exame de ressonância magnética.

Dada a ação do campo eletromagnético do exame de RM a presença de metais no corpo do paciente pode causar distorções das suas imagens (artefatos de imagem), elementos metálicos podem ser eventualmente mobilizados (pacientes com clips metálicos aplicados em artérias e aneurismas intracranianos não devem ser submetidos a exames de RM), e marca-passos e outros sensores ou estimuladores podem ser desregulados (pacientes com estes implantes a principio também não devem ser submetidos a exames de RM). Eventualmente outros exames podem também ser necessários para a melhor avaliação de determinados tipos de tumores intracranianos.

Os exames de neuroimagem são solicitados não só quando existem suspeitas da presença de um tumor intracraniano, mas também na avaliação de outros possíveis acometimentos neurológicos, o que pode eventualmente demonstrar a inesperada presença de um tumor, inclusive na ausência de manifestações clínicas decorrentes deste tumor.

Uma vez diagnosticada a presença de um tumor intracraniano em um exame de neuroimagem, caberá ao neurocirurgião decidir sobre a necessidade ou não de indicar procedimentos que visem o diagnóstico do tipo de tumor e o seu tratamento.

Qual o grupo de pessoas essa doença mais acomete?

Dada a grande diversidade de tumores intracranianos, esta afecção, infelizmente, acomete todas as idades e grupos de pessoas. Cada tipo de tumor se relaciona predominantemente com uma determinada faixa etária. No entanto, paralelamente à incidência de tumores de outras partes do corpo, os tumores intracranianos são mais comuns em pessoas de idade.

Qual o tratamento?

A grande diversidade de tumores intracranianos evidentemente implica em diferentes necessidades e modalidades de tratamentos.

Apesar de apenas o exame anátomo-patológico (análise de fragmentos do tumor obtidos por biópsia ou por remoção cirúrgica) poder fornecer com maior segurança o diagnóstico do tipo do tumor, atualmente as imagens e outras informações viabilizadas em particular pela ressonância magnética já sugerem, na maioria dos casos, qual é o tipo de tumor, e permitem ao neurocirurgião decidir o que deve ser feito (apenas observação e seguimento com exames de neuroimagem, biópsia, cirurgia com remoção parcial, cirurgia com remoção radical, tratamentos com radioterapia e com quimioterapia).

A limitação terapêutica atual dos outros métodos faz com que a cirurgia ainda seja a principal forma de tratamento de muitos dos tumores intracranianos. Apesar dos avanços propiciados, principalmente, pela microneurocirurgia que se desenvolveu ao longo das últimas três décadas, a remoção cirúrgica dos tumores intracranianos ainda tem como principal limitação a localização de alguns destes tumores, dadas as suas relações e embricamentos com estruturas intracranianas funcionalmente muito importantes.

Os tumores intracranianos extrínsecos (meningeomas, neurinomas, adenomas hipofisários, craniofaringeomas e metástases encefálicas, entre outros menos freqüentes) se prestam mais à remoção microneurocirúrgica, principalmente, por serem tumores delimitados das estruturas vizinhas (por apresentarem bons planos de clivagem na terminologia cirúrgica).

Os meningeomas, tumores freqüentes e em geral benignos, que se desenvolvem em locais específicos, têm as suas dificuldades e riscos relacionados com o local em que se desenvolvem.

Quando localizados na base do crânio as suas remoções são mais difíceis e limitadas pelas suas relações com artérias e nervos cranianos, e o mesmo pode eventualmente ocorrer com os neurinomas intracranianos e com os craniofaringeomas. Eventualmente, esses tumores, os seus resíduos e as suas recidivas, podem também ser tratados com técnicas específicas de radioterapia. Quando de pequenas dimensões, e principalmente se assintomáticos (sem estarem causando qualquer repercussão clínica), podem eventualmente serem apenas observados e seguidos com exames seriados de ressonância magnética.

As metástases encefálicas freqüentemente são múltiplas, e em geral requerem tratamento com diferentes técnicas de radioterapia mesmo que possam ser inicialmente removidas. O tratamento também com quimioterapia deve ser indicado conforme o tipo de tumor primário que originou as metástases.

Em relação aos tumores intracranianos primários e intrínsecos do encéfalo, enquanto alguns destes tumores, classificados em geral como gliomas de graus I e II e que incidem mais em crianças e adultos jovens (astrocitomas pilocíticos, subependimomas, ependimomas e oligodendrogliomas de baixo grau, astrocitomas subependimários de células gigantes, xantoastrocitomas pleomórficos, gangliocitomas e gangliogliomas, neurocitomas, e tumores neuroepiteliais desembrioblásticos), podem potencialmente ser curados com as suas remoções cirúrgicas, alguns gliomas de grau II (astrocitomas difusos), e os gliomas de grau III (astrocitomas, oligodendrogliomas e ependimomas anaplásicos) e de grau IV (glioblastoma multiforme), bem mais freqüentes, infelizmente em geral recidivam mesmo após remoções aparentemente radicais, em frequencias e após períodos dependentes de cada tipo de tumor. No entanto, as suas ressecções devem também, em geral, ser feitas sempre que possam não causar déficits neurológicos, com a intenção de eventualmente curá-los (possibilidade ainda controversa nos astrocitomas difusos grau II), e/ou visando com as suas remoções otimizar os resultados dos seus tratamentos complementares com rádio e com quimioterapia, e melhorar a qualidade de vida minimizando possíveis quadros convulsivos, de hipertensão intracraniana, e o conseqüente uso de altas doses de corticóides para minimizar os sintomas decorrentes de hipertensão intracraniana (mais comuns nos tumores de graus III e IV).

Paralelamente ao consenso de que a radioterapia não deve ser utilizada no tratamento dos gliomas de grau I, a sua indicação em gliomas de grau II é extremamente discutível, e o seu emprego nos gliomas de graus III e IV é considerado obrigatório. Atualmente, a quimioterapia também tem sido empregada no tratamento dos gliomas de graus III e IV.

Existe prevenção?

Assim como já mencionado por ocasião da discussão das suas causas, os tumores intracranianos não se relacionam com fatores conhecidos que viabilizem qualquer prevenção específica dos seus aparecimentos.

Gripe Suína: conheça o vírus e como acontece o contágio

Existem vários tipos de vírus de gripe suína? A crise atual é causada por qual vírus?

Há quatro tipos principais de gripe suína: H1N1, H1N2, H3N1 e H3N2. Cada tipo é nomeado de acordo com a variante das proteínas externas que ele possui.


Um vírus pode ser mais letal que o outro? Por quê?


Sim. Isso vai depender de quão diferente o vírus é de outros anteriores, pois um vírus muito diferente não encontra imunidade prévia. Também é importante o tipo de resposta imune que ele desencadeia. Aparentemente, a linhagem que causou a gripe espanhola em 1918 produz uma resposta imune muito violenta nos infectados.

Interações entre o vírus e as células infectadas, que propiciem uma replicação maior, por exemplo, com certeza têm um papel importante, mas ainda não está claro como isso acontece.


Há como impedir que o vírus seja passado de pessoa para pessoa?

Os métodos mais eficazes são o tratamento dos doentes e evitar eventos que aglomerem multidões. Individualmente, lavar as mãos é uma das formas mais eficientes de se proteger. Não tenho claro se as máscaras respiratórias realmente protegem as pessoas de contrair o vírus ou impedem os infectados de contaminarem outras pessoas.



As vacinas contra a gripe suína são eficientes?


Para que a vacina atual seja eficiente contra o H1N1, é necessário que pedaços dele sejam utilizados na formulação. Mesmo que isso aconteça, vacinas contra a gripe costumam ser planejadas com meses de antecedência, pois demoram para ser produzidas em quantidade suficiente, e o vírus muta muito e pode "escapar" da vacina. Ainda não sabemos qual o tipo de mutação que o vírus pode sofrer, de modo que, mesmo se começarmos a produzir vacinas agora, elas podem ser apenas parcialmente eficazes.


Por que essa epidemia pode ser considerada perigosa?

Por uma série de motivos. Trata-se de um vírus bem diferente do que circula entre humanos e, possivelmente, não temos anticorpos para ele. O vírus da gripe aviária é muito letal, mas não consegue se espalhar de humanos para humanos, possivelmente porque é bem adaptado para o tipo receptor (proteínas que ele usa para se ligar), mais comum em aves. Mas o vírus da gripe suína usa receptores de mamíferos, e já se mostrou eficiente na transmissão entre humanos, tanto que o WHO subiu o nível de alerta para 4.

Já foi levantado também que o vírus da gripe suína pode estar matando jovens, que possuem um sistema imune em bom estado, e isso é muito preocupante. Essa é uma característica (até agora) única do vírus de 1918. Ainda não sabemos qual a letalidade do vírus, uma vez que não está nem claro qual o número real de infectados.


O que é pandemia e quais os riscos?


Pandemia é o nome que damos para uma epidemia generalizada, que atinge muitas pessoas. É difícil de avaliar os riscos atualmente, não sabemos o número real de infectados. Por isso, o WHO classifica o risco de uma pandemia em estágios de alerta. Independente de este vírus causar uma pandemia, outro fator importante é a letalidade que ele pode atingir, que, como disse, ainda não sabemos.