terça-feira, 20 de outubro de 2009

Hidrofobia (raiva)

A raiva, ou hidrofobia, é uma doença viral causada por um RNA vírus do gênero Lyssavirus, transmitida via mordedura, lambida ou arranhadura de um animal infectado. O contato com a urina, fezes ou sangue desses indivíduos, embora menos frequentes, são outras formas de contágio, sendo o período de incubação compreendido entre um mês e um ano após a exposição.

Apesar de ser associada a cães de rua, a raiva pode ser transmitida por diversos outros mamíferos, como morcegos e macacos, tanto urbanos quanto selvagens.

A doença é caracterizada por sintomas decorrentes da proliferação do vírus no sistema nervoso do indivíduo afetado, via corrente sanguínea. Assim, agressividade, ansiedade, confusão mental, espasmos musculares e convulsões são alguns de seus sintomas. Como a região muscular da orofaringe fica comprometida, a deglutição passa a ser uma tarefa difícil.

O quadro se agrava em pouco tempo, levando o indivíduo a óbito em mais de 99% dos casos, se as devidas providências pós-exposição não forem tomadas. Essas incluem lavar bem a região afetada, com água e sabão; e procurar auxílio médico, a fim de ser imunizado com vacina ou imunoglobulina antirrábica. É necessária, em alguns casos, a administração de soro antitetânico.

Para diagnóstico, é feita a análise de material córneo ou epidérmico; sendo também requeridos exames salivares ou sanguíneos.

Quanto à prevenção, é necessário evitar o contato com animais selvagens e de rua; e também vacinar cães, gatos, e outros animais de seu convívio. Biólogos, veterinários e outros profissionais que têm contato direto com mamíferos devem fazer o uso da vacina preventiva.

Catapora

A catapora é uma doença infecciosa e contagiosa que tem como causa o vírus varicela-zoster. Antes do surgimento da vacina, era uma das doenças mais comuns da infância.

Uma vez adquirido o vírus, o indivíduo fica imune por toda a vida. No entanto, ele permanece no organismo e, futuramente, pode ocasionar a herpes-zoster, conhecida como cobreiro.

Sintomas

O paciente tem febre, mal-estar e dor de cabeça, falta de apetite e sensação de cansaço. Entre 24 e 48 horas depois, surgem na pele manchas avermelhadas que posteriormente dão lugar a pequenas bolhas ou vesículas com líquido que mais tarde formam crosta, provocando coceira. O contato com a saliva, secreções respiratórias do paciente ou com o líquido das vesículas faz com que o vírus se propague.
O vírus fica incubado por até 15 dias.

Tratamento

O tratamento visa apenas amenizar os sintomas, é muito importante que a pessoa não arranque a casca e nem coce as feridas, é indicado que o paciente tome banho com permanganato de potássio para que as feridas sequem mais rápido.

Conjutivite

Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva ocular, a membrana que reveste todo o globo ocular. Essa doença pode ter duas causas de contaminação: alérgica ou viral. A conjuntivite alérgica é proveniente de produtos químicos, poluição do ar, etc., e não é contagiosa. A conjuntivite viral é proveniente de vírus levados aos olhos através das mãos, toalhas e outros objetos contaminados, esse tipo é altamente contagioso.

Os principais sintomas da conjuntivite são olhos vermelhos e irritados, inchaço da pálpebra, sensação de areia ou cisco nos olhos e às vezes, dores locais. O tratamento da conjuntivite baseia-se em lavar os olhos e fazer compressas, com água gelada que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico.

A prevenção da doença se dá pelos hábitos de higiene na região dos olhos: lavar as mãos frequentemente, não coçar os olhos e evitar a ida freqüente a clubes e piscinas públicas. A doença pode durar de uma semana a quinze dias e não costuma deixar seqüelas.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

AIDS

Atualmente é impossível registrar em algumas linhas, algumas páginas ou em alguns livros o significado da sigla acima. A infeliz repercussão que esta síndrome teve no último século fez dela um dos maiores medos do ser humano. Na Idade Média ficou conhecida pelo alto índice de depressão que as pessoas adquiriam por possuírem doenças como a tuberculose, a rubéola, entre outras da mesma gravidade, e morrerem freqüentemente ainda jovens. O maior medo da Idade Média, no entanto, era o medo da morte. As pessoas se questionavam a respeito do seu destino após a morte e viam o acontecimento como o fim de uma jornada. Como as doenças citadas acima eram comuns e freqüentes, além de serem contagiosas, as pessoas que as adquiriam tinham praticamente a certeza de estarem próximas da morte.

Com a descoberta das vacinas para prevenir estas doenças, o pensamento que as pessoas tinham a respeito delas e da morte passou a ficar quase apagado. Hoje, o medo da morte ainda permanece, pelo menos na maioria das pessoas. Mas o que realmente faz a diferença é que esta síndrome, a AIDS, passou a ser o grande adversário de pessoas do mundo inteiro, e que mesmo com alguns avanços na ciência, a cura da AIDS parece ainda ser uma possibilidade remota.

Assim como na Idade Média a ciência tentava explicar a morte (e não conseguiu), hoje a grande esperança mundial é a de se encontrar a cura para a AIDS. Porém, enquanto isso não acontece o esforço deve ser nosso em controlar a disseminação deste vírus devastador, o qual ainda assusta a maioria das pessoas apenas em ouvir falar.

Vejamos então algumas informações a respeito da síndrome, não com o intuito de escandalizar, mas com o intuito de alertar a cada um de nós a respeito tanto do perigo de se adquirir, quanto do cuidado com os que já o adquiriram para que estes tentem levar uma vida o mais normal e sadia possível.

O HIV, vírus da imunodeficiência humana, é responsável pela transmissão da Síndrome e pode ser transmitido através do ato sexual ou por contato com células e/ou secreções infectadas pelo vírus, dessa maneira. Pode também ser transmitido através do contato com o sangue do portador do vírus. A saliva possui substâncias que praticamente inativam o vírus, por isso é raro ocorrer a transmissão do mesmo por vias orais (usar talheres, copos, ou beijar não transmite o vírus).

As maneiras mais comuns de se adquirir o vírus são: o ato sexual, durante o parto ou amamentação (da mãe para o filho), o compartilhamento de seringas durante o uso de drogas injetáveis, a transfusão de sangue infectado, o uso de agulhas em práticas como acupuntura e tatuagens, e o uso de outros objetos cortantes quaisquer que tenham mantido contato com o sangue de algum portador.

Em banheiros públicos, convívio familiar, transportes coletivos, contato físico, contato social, uso de pratos e talheres, picadas de insetos e doação de sangue não há o risco de se adquirir o vírus.

A AIDS é a infecção do sistema imunológico pelo HIV (HIV1 ou HIV2), e consiste na fragilização do sistema imunológico, por isso, uma infecção comum, que seria facilmente curada em alguém sem o vírus, pode ser fatal para alguém que tenha adquirido o HIV. A doença pode se manifestar em dois estágios: a doença do HIV sintomática tardia, caracterizada por complicações em infecções normalmente tratáveis, e a doença do HIV avançada que costuma ser favorável ao desenvolvimento de infecções ou outras doenças mais graves, as quais são bastante perigosas para a vida do portador.

Até os primeiros seis meses de infecção do vírus ele pode não se manifestar. A pessoa parece sadia e os exames podem dar negativo, nesse período, chamado de período de incubação, a pessoa pode transmitir o vírus embora ele não seja detectado, por isso é necessário sempre consultar um médico (homens e mulheres) caso se tenha uma vida sexual ativa. Entre um e cinco anos após ser infectado pelo vírus a pessoa ainda pode manter uma aparência saudável, sem sintomas físicos, mas o vírus já se manifestou e os exames são capazes de detectá-lo. O vírus pode se manifestar, no entanto, sem tempo determinado, pode ser em semanas ou em anos após adquiri-lo. É importante lembrar que os sintomas do vírus da AIDS se manifestam através de outras doenças que são facilmente adquiridas devido à baixa do sistema imunológico, mas o fato de alguém apresentar esses sintomas não necessariamente quer dizer que esta pessoa é portadora do HIV.

Alguns dos principais sintomas são: emagrecimento sem causa aparente, diarréia prolongada, sapinho na boca, tosse seca, febre contínua, íngua com duração de mais de três meses, suores noturnos, cansaço e fraqueza sem motivos, etc.

A última fase de desenvolvimento do vírus é a que aparentemente já se manifesta, de modo a deixar transparecer para outras pessoas. A pessoa pode pegar facilmente doenças graves no cérebro, câncer, pneumonia e vários tipos de infecções.

Para não se adquirir o vírus, o ideal é manter o ato sexual apenas com um parceiro e ainda assim fazerem, os dois, exames periódicos como forma de prevenção. O uso da camisinha é um outro caminho, porém tem sido provado por diversos profissionais da saúde que o vírus HIV é muito menor que os poros do látex, material usado para fabricar os preservativos, além do risco comum de estar furado, romper ou vazar durante o ato sexual, o que não garante que o uso do preservativo evitará a infecção pelo vírus.

Para cuidar de um portador do vírus são necessários alguns cuidados como manter seus próprios objetos de uso pessoal como alicates, tesouras, toalhas, etc. No caso de algum ferimento este deve ser cuidado com a orientação de um profissional da saúde, e com o uso de curativos impermeáveis, tanto para evitar a infecção quanto para evitar a transmissão do vírus. No entanto, para quem apenas convive com o portador mas não precisa cuidar dele, o ideal é manter uma relação normal, longe de preconceitos e atitudes de discriminação. A pessoa não pode ser afastada de nenhuma atividade por causa da sua doença (trabalho, estudos, amigos, esportes, diversão, dança, praia, viagens, etc.), a menos que esteja fisicamente impossibilitada para realizá-la. Um portador de HIV pode manter relacionamentos amorosos normalmente, contanto que seja acompanhado por um profissional a fim de evitar que o seu parceiro seja também infectado.

É de extrema importância combater o preconceito aos portadores de HIV. Estes têm os mesmos direitos humanos e cívicos que qualquer pessoa saudável ou não. Caso você seja um portador é necessária a consciência de que deve respeitar a integridade física e psicológica dos que estão ao seu redor, tomando todos os cuidados para viver bem e não transmitir o vírus para mais ninguém. Toda enfermidade física merece cuidados específicos, porém isso não deve ser motivo para se excluir ou excluir alguém do convívio social.

Catarata

A catarata é uma doença dos olhos caracterizada por uma perda da visão como consequência da falta de transparência do cristalino. É um problema da visão que afeta 75% das pessoas com mais de 70 anos, e pode afetar qualquer um dos olhos, de forma igual ou diferente cada um deles.

Os principais sintomas da catarata são: falta de visibilidade, manchas escuras nas imagens captadas pelos olhos, visão dupla, halos em volta das luzes, alteração das cores, pupilas com aspecto leitoso, sensibilidade à luz e deficiência de visão noturna.

Dentre as suas causas podemos citar: a idade, ou seja, o distúrbio surge à medida que os olhos vão sofrendo agressões ao longo da vida. Doenças: algumas delas, como a rubéola durante os primeiros meses de gravidez, podem produzir cataratas no bebê. O diabetes também pode desencadeá-la.

Traumatismo: pancadas nos olhos podem causar catarata. Maus hábitos: o costume de tomar longos banhos de sol, sem utilizar óculos adequados, faz com que os raios ultravioleta produzam a catarata.

Esteróides: pessoas que foram medicadas durante muito tempo com esteróides têm mais possibilidades de desenvolver esta doença.

Alimentação: quando inadequada, pode levar a uma saúde ocular ruim, quer dizer, a má alimentação, aliada a condições ambientais agressivas e à própria oxidação do organismo, são a causa da aparição dos radicais livres, que afetam facilmente a visão.

Para tratar desta doença é preciso a avaliação de um especialista para determinar a real causa do transtorno. A solução deste problema, quando impossibilita uma vida normal, é a intervenção cirúrgica, processo que permite a recuperação da visão.

Para prevenir a catarata, portanto, é necessário proteger os olhos com óculos adequados quando da exposição prolongada ao sol (bronzeamento e atividades esportivas, p. ex.), evitar olhar diretamente para o sol, praticar técnicas de relaxamento e evitar o estresse, manter uma alimentação rica em alimentos naturais, especialmente ricos em vitaminas (A, B e C) bem como minerais (selênio, zinco, magnésio e cálcio) e usar muito pouco (ou preferencialmente não fazer uso de álcool e tabaco.

Cirrose

Cirrose é uma modificação patológica crônica em um tecido de um órgão, transformando o tecido composto por células normais em um tecido fibroso. Segundo o dicionário Aurélio, cirrose é um “processo fibrosante disseminado que pode comprometer fígado e pulmão ou pulmões, subvertendo-lhes o padrão celular” (1997).

São três os tipos de Cirrose: Hepática, Biliar e Pós-necrótica.

A cirrose de maior incidência é a hepática. A doença afeta o fígado, pelos seguintes fatores: Há uma destruição das células hepáticas (necrose), e sobre essa “ferida” se formam tecidos cicatricial. Não bastasse, sobre esse tecido parecido com uma ferida cicatrizada, tecidos começam a se regenerar com deficiência. E processo se repete, formando nódulos de aspecto granular, alterando a estrutura do fígado. O processo da cirrose é irreversível, e se não tratado no inicio pode ser fatal.

Podem ser causas da cirrose hepática as hepatites crônicas provocadas pelos vírus B e C, hepatite auto-imune, e o uso de determinados medicamentos. Porém a maior causa da cirrose hepática é o consumo abusivo do álcool. Segundo pesquisadores, de 50% a 90% dos cirróticos são alcoólatras.

É o fígado o responsável pelo metabolismo do álcool, que se consumido em doses excessivas, destrói os tecidos vitais e prejudica o funcionamento do órgão.

A cirrose biliar é causada pela obstrução dos canais biliares, quase sempre por cáuculos (pedras), ou por tumores.

A cirrose pós-necrótica é causada por uma necrose em áreas consideráveis do fígado. Essa necrose pode ser causada pelo uso de drogas, pela exposição a inseticidas, bactérias, e outros. Ao contrário dos outros tipos de cirrose, não se trata de uma doença progressiva. Se restar parte do tecido hepático saudável, não há perigo de vida, apesar da área destruída.

Os principais sintomas da cirrose são: fadiga, perda de peso, inchaço (principalmente nas pernas), dor abdominal, náuseas, vômitos, constipação, olhos e pele amarelados (icterícia), fígado aumentado, urina escura, perda de cabelo, entre outros. Quando não diagnosticada, a cirrose provoca alterações cerebrais (síndrome da encefalopatia hepática).

Por se tratar de um processo patológico irreversível, o diagnóstico precoce e o tratamento imediato podem adiar ou mesmo evitar uma série de complicações. Em casos extremos, o único tratamento possível é o transplante de fígado.